APLICAÇÃO DA AGRICULTURA REGENERATIVA NO BRASIL: ESTUDO DE CASO NO OESTE CATARINENSE

  • Marco Antonio Machado
  • Anderson Clayton Rhoden

Resumo

Esse estudo consiste em comparar o método de cultivo de soja em uma lavoura que aplica a agricultura regenerativa e outra com plantio direto, ambas localizadas na cidade de Faxinal dos Guedes, no Oeste Catarinense. Para isso foram realizadas coletas in situ e encaminhadas para laboratório, onde foram identificadas as características físicas e químicas das duas lavouras, além do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI). Os resultados demonstraram que o solo possui uma textura argilosa nas duas áreas, sendo essa característica comum na região. Em relação ao pH, o solo mais ácido ocorreu na área com agricultura regenerativa, uma vez que esta não recebe calcário há mais de 10 anos, sendo inclusive sugerido correções em alguns trechos. As concentrações de fósforo, potássio, alumínio, matéria orgânica e infiltração de água no solo também foram investigadas, resultando em valores mais altos para a área manejada com agricultura regenerativa, enquanto a densidade do solo nesta área apresentou menores valores. Para a área com plantio direto, os resultados de cálcio e magnésio foram os que demonstraram valores mais altos. As análises NDVI indicaram que a agricultura regenerativa possibilita um solo com maiores índices de vegetação, com composição de nutrientes mais diversificados, com potencial contribuição na produtividade das culturas. Por fim, foi possível concluir que o método de agricultura regenerativa apresenta maiores benefícios para a lavoura, pois devido à maior infiltração de água no solo, menor densidade do solo e maiores teores de fósforo e potássio, promove um ambiente mais estável de produção em anos com condições climáticas críticas.

Publicado
2022-04-04
Como Citar
MACHADO, Marco Antonio; RHODEN, Anderson Clayton. APLICAÇÃO DA AGRICULTURA REGENERATIVA NO BRASIL: ESTUDO DE CASO NO OESTE CATARINENSE. Anais de Agronomia, [S.l.], v. 2, n. 1, p. 14 - 36, apr. 2022. Disponível em: <https://uceff.edu.br/anais/index.php/agronomia/article/view/314>. Acesso em: 20 may 2024.
Seção
Artigos